Um
estudo realizado por um grupo de pesquisa sediado na Universidade de
Washington, Estados Unidos, indica que a participação de mulheres na publicação
de artigos científicos está crescendo em praticamente todas as áreas do
conhecimento no mundo, mas o aumento da presença feminina tem menos fôlego
quando se analisam em separado os artigos com um único autor, aqueles que
resultam do esforço individual de um pesquisador, e também nos artigos
com vários autores, há menos
mulheres na posição de autor principal.
O
estudo debruçou-se sobre o acervo de um repositório digital que contém mais de
1.900 periódicos de vários países publicados nos últimos quatro séculos, o
Jstor (acrônimo para Journal Storage). As
mulheres representam 21,9% de todos os autores identificados na base Jstor. Mas
entre os papers com
um único autor 17% foram elaborados por mulheres e 83% por homens.
A
posição ocupada por mulheres na lista de coautores de artigos escritos por
várias pessoas recebeu atenção especial no estudo. Constatou-se que, em muitas
áreas, elas estão sub-representadas tanto na primeira posição da lista, que em
geral indica o autor principal, quanto na última, usualmente reservada para o
orientador ou coordenador do grupo de pesquisa. No caso da biologia molecular e
celular, por exemplo, a participação da mulher como autora principal ou única
do artigo foi de 15,8% entre 1665 e 2010 – diante de 26,7% de participação
feminina sem levar em conta a posição.
O
estudo da Universidade de Washington apresenta um panorama da publicação
científica, mas não esmiúça as diferenças entre países. No Japão, por exemplo,
as mulheres compunham apenas 11,1% da força de trabalho acadêmica do país em
2004, enquanto Portugal apresentava uma taxa de 40%, segundo dados da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). No Brasil,
a situação é considerada mais favorável na comparação com outros países. “Aqui,
a entrada de mulheres é cada vez maior em todos os níveis acadêmicos”, diz
Jacqueline Leta, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e
estudiosa das questões de gênero na ciência.
Leia o artigo na
íntegra:
Fonte: [extraído de] http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/10/17/territorios-femininos/
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