quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Semana Internacional do Acesso Aberto

A Semana Internacional do Acesso Aberto (Open Access Week), que acontece de 22 a 26 de outubro de 2018, comemora grandes novidades que prometem alavancar o movimento em todo o mundo.
No início de setembro de 2018, uma coalizão de financiadores de pesquisa em toda a Europa anunciou que, a partir de 1º de janeiro de 2020, todo trabalho científico publicado com a ajuda de financiamento público deverá estar disponível em acesso aberto para leitura e download. O chamado cOAlition S ou Plano S, lançado pela Science Europe, é um projeto da União Europeia vinculado a 13 agências de financiamento de pesquisa de 12 países europeus [1].
Nos termos do acordo, os cientistas que estiverem realizando novos contratos de financiamento de órgãos públicos participantes terão que disponibilizar livremente quaisquer documentos de pesquisa para leitura e download imediatamente após a publicação em plataformas de acesso aberto. A iniciativa basicamente proibiria os pesquisadores que trabalham com dinheiro público de publicar em títulos influentes, incluindo Nature e Science, que ainda não são totalmente abertos. A publicação em periódicos híbridos de acesso aberto também seria proibida, confirmou a coalizão, embora uma fase de transição seja implementada [2].
Apesar do movimento em torno do acesso aberto ter sido iniciado há cerca de 15 anos, hoje no Reino Unido, somente 37% das produções acadêmicas são publicadas em periódicos e plataformas de acesso aberto (Dados da SCONUL- The Society of College, National and University Libraries). Hoje, é consenso que a continuidade do movimento do acesso aberto depende de ações mais efetivas. Como a Science Europe observa, o sistema de recompensas em pesquisa precisa de atenção para promover uma cultura na qual a abertura é incentivada. Iniciativas como a Declaração de São Francisco sobre Avaliação de Pesquisa (DORA), o Manifesto de Leiden, e a Matriz de Avaliação de Carreira do Open Science (OS-CAM) são passos em direção a isso, além do Fórum de Métricas Responsáveis de Pesquisa.
Desde o anúncio do “Plano S” tem havido muito debate sobre o que ele representa. Como era de se esperar, as grandes editoras não reagiram bem. A International Association of Scientific, Technical and Medical Publishers (https://www.stm-assoc.org/) pediu “cautela”, sugerindo que tal transição tem o potencial de criar “limitações às liberdades acadêmicas”, assim como limitar “a viabilidade geral e a integridade do registro científico”[3].

Os 10 Princípios do Plano S

O princípio fundamental é o seguinte:

“Após 1 de janeiro de 2020, publicações científicas sobre os resultados de pesquisas financiadas com subvenções públicas fornecidas por conselhos nacionais e europeus de pesquisa e órgãos de financiamento devem ser publicadas em periódicos de acesso aberto compatíveis ou em plataformas de acesso aberto compatíveis.” [1].

Além disso:
  • Os autores mantêm os direitos autorais de sua publicação sem restrições. Todas as publicações devem ser publicadas sob uma licença aberta, preferencialmente a licença Creative Commons Attribution CC BY. Em todos os casos, a licença aplicada deve cumprir os requisitos definidos pela Declaração de Berlim;
  • Os financiadores assegurarão conjuntamente o estabelecimento de critérios e requisitos robustos para os serviços que os periódicos de acesso aberto de alta qualidade e plataformas de acesso aberto devem fornecer;
  • Caso tais periódicos ou plataformas de acesso aberto de alta qualidade ainda não existam, os financiadores fornecerão, de forma coordenada, incentivos para estabelecê-los e apoiá-los quando apropriado; também será fornecido apoio para infra-estruturas de acesso aberto, quando necessário;
  • Quando aplicável, as taxas de publicação do Acesso Aberto são cobertas pelos financiadores ou universidades, não por pesquisadores individuais; Reconhece-se que todos os cientistas devem poder publicar o seu trabalho Open Access, mesmo que as suas instituições tenham meios limitados;
  • Quando as taxas de publicação do Acesso Aberto são aplicadas, seu financiamento é padronizado e limitado (em toda a Europa);
  • Os financiadores solicitarão às universidades, organizações de pesquisa e bibliotecas que alinhem suas políticas e estratégias, principalmente para garantir transparência;
  • Os princípios acima devem ser aplicados a todos os tipos de publicações científicas, mas entende-se que o cronograma para alcançar o Acesso Aberto para monografias e livros pode ser maior que 1º de janeiro de 2020;
  • A importância dos arquivos e repositórios abertos para hospedar os resultados da pesquisa é reconhecida por causa de sua função de arquivamento a longo prazo e seu potencial de inovação editorial;
  • O modelo ‘híbrido’ de publicação não é compatível com os princípios acima;
  • Os financiadores monitorarão o cumprimento e sancionarão o descumprimento.[1]
Nesse cenário, os repositórios institucionais de produção científica e as revistas em acesso aberto ganham importância inequívoca. De acordo com Bill Hubbard do Jisc (Joint Information Systems Committee United Kingdom), o Plan S permitirá que os repositórios se tornem mais abrangentes e inovadores no acesso, uso, mineração de dados, seleção e reempacotamento de conteúdo. Ir além do material publicado abordado no Plano S para incluir dados de pesquisa e outros produtos do processo de pesquisa só aumentará o potencial dos repositórios. Ainda segundo Hubbard, o prazo de 2020 que foi definido pelo Plano S cria urgência para as universidades encontrarem soluções e para organizações de apoio ao setor, como a Jisc, impulsionarem essa mudança [4].
== REFERÊNCIAS ==
[1] SCIENCE EUROPE. COAlition S. Disponível em:<https://www.scienceeurope.org/coalition-s/> Acesso em 21 Oct. 2018.
[2] PELLS, Rachael. European funders set 2020 deadline for open access publishing. THE World University Rankings Blog, Sept. 4, 2018. Disponível em:<https://www.timeshighereducation.com/news/european-funders-set-2020-deadline-open-access-publishing> Acesso em: 21 Oct. 2018.
[3] PELLS, Rachael. Plan S: a shock or a solution for academic publishing? THE World University Rankings Blog, Sept. 7, 2018. Disponível em:<https://www.timeshighereducation.com/news/plan-s-shock-or-solution-academic-publishing> Acesso em: 21 Oct. 2018.
[4] HUBBARD, Bill. Plan S will bring many changes, but the death of the repository should not be one. THE World University Rankings Blog, Oct. 20th 2018. Disponível em: <https://www.timeshighereducation.com/plan-s-will-bring-many-changes-death-repository-should-not-be-one> Acesso em: 21 Oct. 2018.

Reprodução de artigo publicado: 

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

XXI SEMANA DO LIVRO E DA BIBLIOTECA NA USP


Tema deste ano: 
“Bibliotecas e o suporte ao pesquisador: novas frentes e novos desafios”

 22 a 26 de outubro de 2018

22 de outubro de 2018 (segunda-feira)


Abertura – Apresentação dos alunos do Curso de Música da FFCLRP
Data: 22 de outubro de 2018
Horário: 12h30min.
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP

Treinamento sobre o uso do Gerenciador Eletrônico de Referências: EndNote
Data: 22 de outubro de 2018
Horário: 14h às 17h
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP
Ministrante: Robson de Paula Araujo (Bibliotecário BCRP)

23 de outubro de 2018 (terça-feira)

Workshop: Uso do Software Rayyan na prática de Revisões
Data: 23 de outubro de 2018
Horário: 09h às 11h
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP
Ministrante: Samir Antônio Rodrigues Abjaude e Marcia dos Santos

Apresentação do Coro Universitário da USP de Ribeirão Preto
Horário: 13h
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP

Pesquisando com a Embase
Data: 23 de outubro de 2018
Horário: 14h às 17h
Local: Anfiteatro do Centro de Tecnologia da Informação (CeTI-RP)
Ministrante: Representante Elsevier

24 de outubro de 2018 (quarta-feira)

Workshop da Plataforma Turnitin para Docentes
Data: 24 de outubro de 2018
Horário: 09h às 11h
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP
Ministrante: Marcia dos Santos (Bibliotecária BCRP)

Workshop: Uso do Software Rayyan na prática de Revisões
Data: 24 de outubro de 2018
Horário: 14h às 16h
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP
Ministrante: Samir Antônio Rodrigues Abjaude e Marcia dos Santos

25 de outubro de 2018 (quinta-feira)

Treinamento sobre o uso do Gerenciador Eletrônico de Referências: Mendeley
Data: 25 de outubro de 2018
Horário: 09h às 11h
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP
Ministrante: Maria Cristina M. Ferreira (Bibliotecária BCRP)

Apresentação dos alunos do Curso de Música da FFCLRP
Data: 25 de outubro de 2018
Horário: 12h30min.
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP

26 de outubro de 2018 (sexta-feira)

Ferramentas de apoio ao pesquisador (ORCID, ResearcherID, BDPI)
Data: 26 de outubro de 2018
Horário: 09h às 11h
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP
Ministrantes: Maria Cristina M. Ferreira, Marcia dos Santos e Rachel Lione (Bibliotecárias BCRP)

Encerramento – Apresentação dos alunos do Curso de Música da FFCLRP
Data: 26 de outubro de 2018
Horário: 12h30min.
Local: Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto/PUSP-RP


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Semana do Perdão



Para zerar ou diminuir a sua suspensão doe algum dos produtos abaixo:



Itens
Abona
500g de macarrão
3 dias
1 litro de óleo
4 dias
2 Kg de açúcar
5 dias
500g de café
10 dias
2 kg de feijão tipo 1
15 dias
5 kg de arroz tipo 1
20 dias



TODOS os produtos serão doados para:

GATMO - Grupo de Apoio do Transplante de Medula Óssea



"Faça uma Boa Ação e Abone sua Suspensão."




Informações: bcrp@usp.br 

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Para restaurar uma sociedade civil, comece com a Biblioteca

Essa instituição crucial está sendo negligenciada justamente quando mais precisamos dela.

A biblioteca pública é obsoleta?
Muitas forças poderosas na sociedade parecem pensar assim. Nos últimos anos, os declínios na circulação de livros encadernados em algumas partes do país levaram importantes críticos a argumentar que as bibliotecas não estão mais cumprindo sua função histórica. Inúmeras autoridades eleitas insistem que, no século XXI – quando tantos livros são digitalizados, tanta cultura pública existe on-line e muitas vezes as pessoas interagem virtualmente – as bibliotecas não precisam mais do apoio que já comandaram.

As bibliotecas já estão famintas por recursos. Em algumas cidades, mesmo as mais abastadas como Atlanta, filiais inteiras estão sendo fechadas. Em San Jose, Califórnia, na mesma rua do Facebook, Google e Apple, o orçamento da biblioteca pública é tão apertado que usuários com taxas de atraso acima de US $ 10 não podem pedir livros emprestados ou usar computadores.

Mas o problema que as bibliotecas enfrentam hoje não é irrelevante. De fato, em Nova York e em muitas outras cidades, a circulação de bibliotecas, a frequência de programas e a média de horas gastas em visitas estão em alta. O problema real que as bibliotecas enfrentam é que muitas pessoas as estão usando e, para uma variedade tão grande de propósitos, os sistemas de bibliotecas e seus funcionários estão sobrecarregados. De acordo com uma pesquisa de 2016 conduzida pelo Pew Research Center, cerca de metade de todos os americanos com 16 anos ou mais usaram uma biblioteca pública no ano passado e dois terços dizem que o fechamento de sua filial local teria um “grande impacto em sua comunidade. “

As bibliotecas estão sendo desacreditadas e negligenciadas precisamente no momento em que são mais valorizadas e necessárias. Por que a desconexão? Em parte, é porque o princípio fundador da biblioteca pública – que todas as pessoas merecem acesso livre e aberto à nossa cultura e herança compartilhadas – está fora de sincronia com a lógica de mercado que domina o nosso mundo. Mas também é porque tão poucas pessoas influentes entendem o papel expansivo que as bibliotecas desempenham nas comunidades modernas.

As bibliotecas são um exemplo do que eu chamo de “infraestrutura social”: os espaços físicos e as organizações que moldam a maneira como as pessoas interagem. As bibliotecas não apenas oferecem acesso gratuito a livros e outros materiais culturais, mas também oferecem coisas como companheirismo para adultos mais velhos, cuidados infantis de fato para pais ocupados, ensino de idiomas para imigrantes e acolhimento de espaços públicos para os pobres, sem-teto e jovens.

Recentemente, passei um ano fazendo pesquisas etnográficas em bibliotecas na cidade de Nova York. Repetidas vezes, lembrei-me de como as bibliotecas são essenciais, não apenas para a vitalidade de um bairro, mas também por ajudar a resolver todos os tipos de problemas pessoais.
Para as pessoas idosas, especialmente as viúvas, os viúvos e os que moram sozinhos, as bibliotecas são lugares de cultura e companhia, através de clubes do livro, noites de cinema, círculos de costura e aulas de arte, eventos atuais e informática. Para muitos, a biblioteca é o principal local onde eles interagem com pessoas de outras gerações.

Para crianças e adolescentes, as bibliotecas ajudam a incutir uma ética de responsabilidade, a si mesmos e aos vizinhos, ensinando-lhes o que significa pedir emprestado e cuidar de algo público, e devolvê-lo para que outros também possam tê-lo. Para os novos pais, avós e cuidadores que se sentem sobrecarregados quando assistem a uma criança ou a uma criança sozinha, as bibliotecas são uma dádiva de Deus.

Em muitos bairros, especialmente naqueles onde os jovens não são agendados para programas pós-escolares formais, as bibliotecas são muito populares entre adolescentes e adolescentes que querem passar mais tempo com outras pessoas da mesma idade. Um dos motivos é que eles são abertos, acessíveis e gratuitos. Outra é que os membros da equipe da biblioteca os recebem; em muitos ramos, eles até atribuem áreas para os adolescentes estarem uns com os outros.

Para entender por que isso é importante, compare o espaço social da biblioteca com o espaço social de estabelecimentos comerciais como a Starbucks ou o McDonald’s. Estas são partes valiosas da infra-estrutura social, mas nem todos podem se permitir freqüentá-las, e nem todos os clientes pagantes são bem-vindos para ficar por muito tempo.

Pessoas mais velhas e pobres muitas vezes evitam a Starbucks, porque a tarifa é muito cara e sentem que não pertencem. Os velhos frequentadores da biblioteca que conheci em Nova York disseram-me que se sentem ainda menos bem-vindos nos novos cafés, bares e restaurantes que são tão comuns nos bairros da cidade. Os fregueses da biblioteca, pobres e desabrigados, nem consideram entrar nesses lugares. Eles sabem por experiência que simplesmente ficar do lado de fora de um restaurante sofisticado pode levar os gerentes a chamar a polícia. Mas você raramente vê um policial em uma biblioteca.

Isso não quer dizer que as bibliotecas sejam sempre pacíficas e serenas. Durante o tempo que passei pesquisando, testemunhei um punhado de disputas acaloradas, brigas físicas e outras situações desconfortáveis, às vezes envolvendo pessoas que pareciam estar mentalmente doentes ou sob a influência de drogas. Mas tais problemas são inevitáveis em uma instituição pública dedicada ao acesso aberto, especialmente quando clínicas de remédios, abrigos para sem-teto e bancos de alimentos rotineiramente se afastam – e muitas vezes se referem à biblioteca! – aqueles que mais precisam de ajuda. O que é notável é quão raramente essas interrupções acontecem, o quanto elas são gerenciadas civilmente e com que rapidez uma biblioteca recupera seu ritmo depois.

A abertura e a diversidade que florescem nas bibliotecas da vizinhança já foram uma marca da cultura urbana. Mas isso mudou. Embora as cidades americanas cresçam de forma mais étnica, racial e culturalmente diversa, muitas vezes permanecem divididas e desiguais, com alguns bairros se afastando da diferença – às vezes intencionalmente, às vezes apenas pelo aumento dos custos – particularmente quando se trata de raça e classe social. 

As bibliotecas são o tipo de lugares onde pessoas com diferentes origens, paixões e interesses podem participar de uma cultura democrática viva. Eles são os tipos de lugares onde os setores público, privado e filantrópico podem trabalhar juntos para alcançar algo superior ao resultado final.

Neste verão, a revista Forbes publicou um artigo argumentando que as bibliotecas não serviam mais a um propósito e não mereciam apoio público. O autor, um economista, sugeriu que a Amazon substituísse as bibliotecas por seus próprios pontos de venda, e alegou que a maioria dos americanos preferiria uma opção de livre mercado. A resposta do público – especialmente dos bibliotecários , mas também dos funcionários públicos e cidadãos comuns – foi tão esmagadoramente negativa que a Forbes excluiu o artigo de seu site.

Nós devemos prestar atenção. Hoje, como cidades e subúrbios continuam a se reinventar, e como os cínicos afirmam que o governo não tem nada de bom para contribuir com esse processo, é importante que instituições como as bibliotecas obtenham o reconhecimento que merecem. Vale notar que “liber”, a raiz latina da palavra “biblioteca”, significa “livro” e “livre”. Bibliotecas representam e exemplificam algo que precisa ser defendido: as instituições públicas que – mesmo em uma era de atomização, polarização e desigualdade – servem como alicerce da sociedade civil. 

Se tivermos alguma chance de reconstruir uma sociedade melhor, a infraestrutura social, como a biblioteca, é exatamente o que precisamos.

Artigo publicado no Jornal The New York Times intitulado To Restore Civil Society, Start With the Library de autoria do sociólogo Eric Klinenberg reflete sobre a importância das Bibliotecas para as comunidades locais.

Artigo Original publicado em inglês no seguinte link: https://www.nytimes.com/2018/09/08/opinion/sunday/civil-society-library.html  – Tradução do bibliotecário Sadrac Leite Silva (DT/SIBiUSP)

Sobre o Autor
Eric Klinenberg (@EricKlinenberg), professor de sociologia e diretor do Instituto de Conhecimento Público da Universidade de Nova York, é o autor do próximo livro “Palácios para as pessoas: como a infra-estrutura social pode ajudar a combater a desigualdade, a polarização e Declínio da Vida Cívica ”, a partir do qual este ensaio foi adaptado. #Library

Link ilustração:
http://www.cazadoresdebibliotecas.com/2015/07/biblioteca-municipal-de-faro-portugal.html

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Prevenção e Manejo da Sífilis

Fonte: http://ribeirao.usp.br/?p=18721

Os casos de infecção por sífilis no Brasil aumentaram mais de 5.000% entre 2010 e 2015, passaram de 1.249 para 65.878, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Para informar a população sobre as formas prevenção, diagnóstico e tratamento, pesquisadores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP produziram vídeo educativo.

“O principal objetivo foi oferecer à população um material educativo atualizado e com base nas recomendações científicas para auxiliar na compreensão desse problema de saúde e das práticas seguras”, afirma Policardo Gonçalves da Silva, autor do vídeo, que é resultado de seu mestrado Assistência de enfermagem para prevenção e manejo da sífilis: validação de material educativo,orientado pela professora Soraia Assad Nasbine Rabeh da EERP.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que pode ser transmitida por meio da relação sexual desprotegida, isto é, sem o uso do preservativo, ou de mãe para filho durante a gestação ou parto. Sua classificação se dá pelo tempo de infecção, bem como pela presença de manifestações clínicas, sendo dividida nos seguintes estágios: Primária, Secundária, Latente, Terciária, Sífilis em gestante e Sífilis Congênita.
A prevenção desta infecção se dá por meio de prática sexuais seguras, como por exemplo, o uso do preservativo em todas as relações sexuais, e no caso das gestantes e da(s) parceria(s) sexual(is) é indispensável o acompanhamento e testagem rápida durante as consultas do pré-natal.

O diagnóstico pode ser feito por meio do teste rápido disponível nas Unidades Básica de Saúde (UBS), Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), oferecendo o resultado em cerca de 30 minutos. Caso o resultado seja reagente, os profissionais de saúde direcionam o usuário para os procedimentos necessários acerca do tratamento e acompanhamento.
O curta já está disponível no YouTube: