Um boneco importado dos EUA, apelidado pelos alunos de William Harvey (nome de um dos principais estudiosos do sistema circulatório humano) têm como objetivo preparar o aluno para diagnosticar doenças raras. Avaliado em US$ 50 mil, o boneco é capaz de simular situações que desafiam o conhecimento do estudante. Através do som e das batidas do coração, do comportamento das artérias e pulsos, o aluno consegue ter um diagnóstico completo de problemas, inclusive raros, como o sopro, uma indicação para doenças como das válvulas cardíacas.
Para
o professor de medicina e coordenador do laboratório de simulação da USP,
Antonio Pazin Filho, o uso do boneco proporciona a possibilidade de diferenciar
características sutis entre uma doença e outra. "Consigo mostrar uma série
de sinais que às vezes o aluno não teria condições de ver, porque são doenças
muito raras. Posso modificar diversas doenças, mostrando o que é o normal, o
que é diferente, por que está diferente, enquanto ele examina a pessoa",
diz.
A diferença entre "Willian Harvey" e os demais
simuladores cardíacos já existentes está no conjunto de sinais que o modelo
expõe ao aluno, segundo Pazin Filho. "Temos simuladores de menor
complexidade. Aqui o som é sincronizado com todos os sinais físicos que o
boneco pode apresentar, como pulsação, desvio da ponta do coração, pressão
arterial. O aluno junta tudo isso e tenta fazer o diagnóstico. Pegamos o que o
doente conta para nós, que são os sintomas, com o que a gente examina, a que
chamamos de sinal. O conjunto nos dá uma síndrome, que é um jeito de
estreitarmos a gama de doenças que a pessoa pode ter."
Assista aqui o vídeo da reportagem veiculada na EPTV
Fonte: [extraído de] http://jornal.fmrp.usp.br/?p=14717&data=2013-10-11
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