Artigo publicado no New York Times aborda a estagnação das
ciências sociais e defende uma r/evolução e modernização nos tópicos estudados
por essa área do conhecimento. O autor acredita que o desprestígio das ciências
sociais se deve principalmente ao fato de serem estudados sempre os mesmos temas
e assuntos, diferente das ciências naturais, que vêm acompanhando a
interdisciplinaridade do mundo contemporâneo. Nesta área novas disciplinas
interligadas são oferecidas pelas universidades em substituição às já ultrapassadas,
coisa que não ocorre nas ciências sociais.
O autor cita os exemplos de departamentos da sua época de graduação que já foram substituídos por outros: departamentos de anatomia, histologia, bioquímica e fisiologia desapareceram, em seu lugar, os departamentos inovadores: biologia de células-tronco, biologia de sistemas, neurobiologia e biofísica molecular.
O autor cita os exemplos de departamentos da sua época de graduação que já foram substituídos por outros: departamentos de anatomia, histologia, bioquímica e fisiologia desapareceram, em seu lugar, os departamentos inovadores: biologia de células-tronco, biologia de sistemas, neurobiologia e biofísica molecular.
As
ciências sociais no entanto, continuam estudando os mesmos tópicos – poder do monopólio, discriminação racial e
desigualdades de saúde – que não deixam de ser importantes – mas sua observação
repetida não resolverá seus problemas, estando na hora de novos temas serem
colocados em seus lugares, tais como neurociência social, economia
comportamental, psicologia evolucionária, epigenética social, neuroeconomia, genética
comportamental, ciência biossocial, ciência de rede e ciências sociais
computacionais.
Novos departamentos e disciplinas podem ajudar os
estudantes a se engajarem em novos tipos de pedagogia. Nas ciências naturais
até os calouros fazem experimentos em laboratórios. Por que isso é raríssimo
nas ciências sociais? Sendo que atualmente
é possível usar a internet para recrutar milhares de pessoas para participarem
de experimentos randomizados?
Um
exemplo interessante que o autor dá para os experimentos laboratoriais seria examinar
fenômenos sociais estudados em aula, como por exemplo, como os mercados
alcançam equilíbrio, como as pessoas cooperam, como os laços sociais são
formados?
Ele
finaliza concluindo que no século passado as pessoas procuraram resolver
problemas por meio das ciências biológicas, mas que as ciências sociais prometem
oferta equivalente para melhorar o bem-estar humano. Um entendimento profundo
dos comportamentos coletivos e individuais poderia melhorar grandemente nossas
vidas, mas para isso as ciências sociais precisam alinhar suas estruturas institucionais
para as mudanças intelectuais do mundo contemporâneo.
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