Artigo interessante publicado no The
Chronicle of Higher Education fala sobre o aumento do uso de uma métrica
alternativa mais condizente com o imediatismo contemporâneo para mensurar o
impacto de produções acadêmicas: a “altmetrics”.
O termo “altmetrics” surgiu
em 2010 quando Jason Priem, um candidato a doutorado na School of
Information and Library Science na University
of North Carolina usou-o em um tweet. Essa ideia se transformou num manifesto
escrito por Priem e outros três pesquisadores, onde apontam as limitações dos
filtros tradicionais para a mensuração, como os índices de citações de artigos
e o fator de impacto, pois estes levam meses e até anos para disseminar os
resultados. Já pela altmetrics isso pode ser coletado rapidamente, até mesmo em
tempo real, podendo os pesquisadores acompanhar de que modo seus artigos, dados ou
posts em blogs estão se movimentando através de todos os níveis do ecossistema
acadêmico.
O artigo dá o
exemplo de um pesquisador da Universidade de Washington que estuda os efeitos
da mudança ambiental nos mariscos, que escolheu adicionar em seu currículo
dados não convencionais: evidências do
impacto online da sua pesquisa: ele registra quantas pessoas viram os posts
do blog do seu laboratório, tweets sobre os achados do seu grupo de pesquisa,
visitas aos seus dados de pesquisa no site Figshare, o número de downloads de
slides de suas apresentações no SlideShare, e conversas sobre o trabalho no
laboratório em plataformas de mídias sociais. Em sua bibliografia ele detalha
não somente quantas citações cada paper recebeu, mas também quantas vezes eles
foram baixados e vistos online. São tentativas de quantificar o alcance online
da ciência, ele explica. Até suas anotações de pesquisas são postadas online,
onde os colegas podem ver o progresso do seu trabalho.
Mas céticos e
outros observadores questionam se posts de blogs, tweets e outras atividades em
mídias sociais são sofisticadas e
confiáveis o suficiente para capturarem o verdadeiro impacto da pesquisa científica, cujo
conceito é bastante inseguro.
(tradução livre nossa de trechos do artigo acima)
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