No guia recentemente lançado pelo site Sense about Science, Making Sense of Uncertainty, focado no público que vive fora dos círculos
acadêmicos, é abordada a incerteza na ciência e como devemos ficar aliviados
quando os cientistas descrevem as incertezas no seu trabalho – fato útil no auxílio
ao engajamento mais construtivo das pessoas nos debates sobre a incerteza.
O que os pesquisadores no dizem é
que a presença da incerteza científica não significa que nós não sabemos nada;
e que, de fato, nós precisamos abraçar a
incerteza, especialmente quando tentamos entender mais sobre sistemas
complexos. Apesar de a incerteza ser também usada para, por exemplo, promover
tratamentos médicos alternativos duvidosos ou sugerir que o CO2 antropogênico
não está mudando a atmosfera, a existência da incerteza não significa que nada
possa ser verdade.
E é importante reconhecer que a incerteza científica não significa
necessariamente que nós não podemos tomar decisões. Quando fazemos algo,
costumamos ter informações suficientes para tal. Quando da elaboração de
políticas de procedimentos, ao invés da questão frequentemente formulada: “Nós
estamos certos?”, é melhor perguntarmos: “Nós sabemos o suficiente?”.
Explorando temas comuns em debates sobre a incerteza científica, os autores esperam ajudar as
pessoas que precisam falar sobre isso, os pesquisadores que querem falar sobre
seu trabalho, e as pessoas que utilizam e explicam a incerteza científica na
mídia e na elaboração de políticas públicas.
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