segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Lavem bem suas mãos…com álcool

Elaine Larson, especialista em doenças infecciosas, autora de mais de 200 papers sobre higienização das mãos, é sempre questionada se sabonetes bactericidas são melhores que sabonetes comuns (a resposta é não), se higienizar as mãos com álcool é melhor que lavar as mãos (a resposta é sim), e se a lavagem das mãos realmente deve levar o  tempo equivalente a cantarmos “Parabéns para Você” duas vezes (não necessariamente, mas é preciso ter a certeza de que se lavou entre os dedos e embaixo das unhas).

No entanto, os riscos reais de se contaminar por meio das mãos se encontra dentro dos hospitais, principalmente dentro  das unidades de terapia intensiva.

Em 1980, quando era enfermeira no Centro Médico da Universidade de Washington em Seattle, procurou responder em sua pesquisa a seguinte questão: Porque as taxas de infecção nos pacientes nas unidades de terapia intensiva não diminuem após eles terem sido transferidos de grandes quartos compartilhados para quartos privativos com pias individuais onde os enfermeiros e técnicos pudessem lavar suas mãos? Ela começou então  a buscar quais tipos de bactérias estavam se propagando nas mãos dos profissionais de saúde e constatou que a maioria desses germes eram os que estavam causando infecções nos pacientes.

Trinta anos depois, os resultados de sua pesquisa tem moldado as práticas em hospitais e do público em geral: ela foi a primeira a defender o uso  de higienizadores de mãos com álcool ao invés de sabão, porque o álcool mata os germes e não requer pias ou toalhas.
Para um cirurgião que irá fazer a lavagem pré-operatória das mãos, o uso do higienizador com álcool equivale a uma lavagem de no mínimo 5 minutos com sabão.

A equipe de pesquisa de Larson está conduzindo estudos em um hospital de Massachusetts e em três unidades pediátricas de Nova York usando monitoramento eletrônico de controle de infecções. Os resultados serão apresentados em outubro na IDWeek 2013 .


Fonte: [tradução livre nossa de] http://news.columbia.edu/research/3216

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