O Fator de Impacto (FI), bastante
conhecido e utilizado indicador para avaliação da relevância científica de um
periódico, e o mais recente, o índice H,
proposto em 2005 pelo físico argentino Jorge Hirsch, têm sido questionados (em
dois diferentes episódios) sobre o seu uso exagerado como indicadores de
qualidade de trabalhos científicos:
A revista Chemistry World, editada pela Royal Society of Chemistry, do
Reino Unido, decidiu parar de publicar um ranking on-line que era sucesso entre os leitores.
Tratava-se da lista, atualizada algumas vezes por ano, com mais de 500
pesquisadores altamente produtivos na área de química, aqueles que ostentam no
currículo um índice-h maior que 55. A decisão de suspender o ranking foi uma capitulação às críticas de
que ele dava ênfase demasiada a um simples indicador de desempenho, sem levar
em conta outros aspectos da produção científica, e poderia induzir
universidades e agências de fomento a tomar decisões simplistas ou equivocadas.
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O peso exagerado que frequentemente é dado ao
fator de impacto das revistas está deixando muitos pesquisadores insatisfeitos.
Tanto que uma petição foi lançada na internet, pedindo o fim do uso desse fator
de impacto como métrica central na avaliação de mérito de pesquisadores,
projetos e instituições. Segundo a petição, chamada Declaração de São Francisco sobre Avaliação dePesquisa(DORA, na sigla em
inglês), o mérito de um trabalho (e do cientista que o realizou) deve ser
avaliado com base na qualidade do próprio trabalho, e não da revista na qual
ele foi publicado. Parece óbvio, mas com frequência não é o que acontece.
Leia
os artigos na íntegra:
Cientistas extravasam seu descontentamento com fator de impacto das revistas
E você? Concorda ou discorda da maneira como esses indicadores têm sido usados? Também se sente insatisfeito? Acredita que mudanças virão?
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