quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Padronização da filiação à Universidade de São Paulo – Identificadores digitais

 À medida que os sistemas de informação se tornam mais abrangentes, complexos, digitais e globalizados torna-se necessário consolidar sistemas inequívocos de identificação digital não só para autores quanto para organizações.

[extraído de: https://bityli.com/oa7D98] É responsabilidade dos dirigentes, gestores e pesquisadores adotar padrões de afiliação, identificação e denominação organizacional compatíveis com diretrizes internacionais e órgãos de identificação mundialmente reconhecidos.

Identificar Organizações é essencial, mas não é tarefa fácil. Elas mudam de nome, de local, fundem-se a outras, separam-se, mantêm vínculos diversos com organizações maiores, menores ou associam-se em consórcios. Podem estar escritas por extenso, abreviadas, na forma de siglas. Segundo o Relatório da OCLC intitulado Addressing the Challenges with Organizational Identifiers and ISNI de 2016 [1], estabelecer uma identificação única e persistente para as Organizações é fundamental para:

  • Atribuir corretamente a produção científica e acadêmica à organização, instituição de pesquisa, universidade e seus pesquisadores,
  • Desambiguar o nome de organização em relação a outra com nome igual ou semelhante,
  • Facilitar a troca de conjuntos de dados via máquina – API, essencial para viabilizar o linked data,
  • Permitir análises bibliométricas mais consistentes,
  • Obter dados mais limpos e confiáveis sobre a organização e suas atividades, evitando a fragmentação de dados e resultados,
  • Nortear padrões de afiliação, identificação e denominação organizacional (Nome ‘certo’) – controle de autoridade,
  • Rastrear e facilitar concessões de recursos de pesquisa e bolsas,
  • Descobrir colaborações em escala mundial,
  • Desambiguar pesquisadores com mesmo nome, a partir da afiliação,
  • Facilitar o rastreamento de publicações e citações por rankings e instituições de apoio à pesquisa,
  • Facilitar a descoberta e a recuperação de informações sobre a organização pelos mecanismos de busca da Internet,
  • Minimizar conflitos de interesse por meio de exata identificação de indivíduos e suas afiliações,
  • Garantir a correta atribuição de artigos e trabalhos aos autores e pesquisadores corretos,
  • Permitir a realização de levantamentos gerais e levantamentos detalhados das atividades da organização, etc.

Do ponto de vista das Organizações, o imperativo de padronização e inequívoca identificação também é consenso e o International Standard Name Identifier (ISNI) é o padrão global certificado pela ISO 27729 para identificar organizações e indivíduos envolvidos com a cadeia de suprimentos de informação e mídia, bem como na cadeia de suprimentos científicos e acadêmicos (scholarly supply chain). O ISNI é um identificador de código aberto composto por 16 dígitos amplamente utilizado em vários setores e projetado para funcionar em diversos contextos, facilitando a troca digital de informações, dados e ativos. A Agência Internacional ISNI (ISNI-IA) contém registros de identidade associados a cerca de 8.75 milhões de nomes individuais e a mais de 654.000 organizações envolvidas nas indústrias de mídia, informação e áreas relacionadas.

O sistema baseia-se principalmente no serviço Virtual International Authority File (VIAF), que foi desenvolvido pela Online Computer Library Center (OCLC) para uso na agregação de catálogos de bibliotecas. Qualquer sistema de identificação de organizações deve basear-se em governança, confiança, transparência, temporalidade e metadados apropriados. O registro ISNI é regido pelo Conselho da ISNI-IA e administrado pela OCLC, em conjunto com a British Library, entre outros membros.

International Standard Name Identifier (ISNIé o órgão global certificado pela ISO 27729 para identificar organizações e indivíduos envolvidos com a cadeia de suprimentos de informação e mídia, por meio de sua Agência Ringgold.

Representando a Agência Internacional do ISNI e seus membros, a Ringgold é a Autoridade de Registro para Organizações e mantém metadados detalhados das organizações, atendendo à proposta da Agência Internacional do ISNI de criar um sistema onde cada autoridade de registro suporta um modelo de negócios com base nos dados selecionados e padronizados. A entidade Ringgold também faz interface com o identificador digital de pesquisador ORCiD.

O sistema ORCiD é baseado em colaboração entre editores, universidades, órgãos de financiamento, pesquisadores e outras partes interessadas em comunicações acadêmicas. A ORCID está empenhada em ser interoperável com outros esquemas de identificadores, incluindo o identificador ISNI. Para este fim, a ORCID, ISNI e Ringgold estão coordenando esforços, trabalhando juntos para viabilizar a integração dos sistemas de identificação e denominação.

Hoje, ORCID e Ringgold mantém protocolo de colaboração. A ORCID usa o banco de dados de identificação da Ringgold como um arquivo de autoridade das organizações para a aplicação de afiliações do pesquisador com relação à instituição de formação e vínculo empregatício. Ou seja, o Ringgold ID é utilizado na padronização de nomes de instituições para indicar afiliações (emprego e formação) por meio de uma lista dos nomes das organizações, universidades, faculdades e departamentos.


Leia o texto completo em: https://www.aguia.usp.br/noticias/padronizacao-da-filiacao-a-universidade-de-sao-paulo/


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