quinta-feira, 14 de março de 2013

Acesso livre e repositórios institucionais


Em entrevista à Comunicação do ICICT/Fiocruz, Cristina Guimarães, coordenadora do Curso de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICTS) e pesquisadora do Icict,; e Helio Kuramoto, pesquisador em Ciência da Informação, funcionário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI, atualmente lotado no Ibict falam sobre acesso livre e repositórios institucionais no mundo e no Brasil:
Os entrevistados respondem sobre os seguintes pontos:
 O impacto das medidas adotadas tanto nos EUA quanto na Europa em relação ao livre acesso às pesquisas realizadas com verba pública.

Benefícios para a ciência brasileira em relação à adoção das mesmas medidas pelo Brasil.

Existência ou não de uma valorização dos pesquisadores e cientistas brasileiros em relação à publicação de seus estudos junto às editoras científicas em detrimento do uso dos repositórios institucionais.

Ações para a implantação do livre acesso em todos os institutos de pesquisa e demais órgãos que realizam pesquisas científicas No Brasil.


Leia a entrevista na íntegra:

terça-feira, 12 de março de 2013

Usando o Google Scholar

'Cómo utilizar Google Scholar para mejorar la visibilidad de nuestra producción científica'. Apresentação elabora por Emilio Delgado e Daniel Torres-Salinas, da Universidade de Granada:


quinta-feira, 7 de março de 2013

Mulheres na Ciência: Laura Maria Caterina Bassi

Em homenagem ao Dia da Mulher, trazemos mais um capítulo com tradução livre nossa, do livro Women in Science


Laura Maria Caterina Bassi

Abrindo caminho para mulheres na academia

Após Elena Lucrezia Cornaro Piscopia ter se tornado a primeira mulher a receber o título de doutorado em 1678, a academia italiana começou, muito lentamente, a aceitar mulheres. Em 1732, outra italiana, Laura Maria Caterina Bassi (1711-1778), tornou-se a segunda mulher a conseguir o grau de doutora e foi a primeira a ensinar em uma universidade europeia. A longa carreira científica de Bassi teve uma profunda influência sobre a ciência italiana no século 18.

Um talento reconhecível

Nascida na Bolonha em 31 de outubro de 1711, Laura Bassi foi a única entre vários filhos a sobreviver. Era de família abastada, e seu pai, advogado, pagou-lhe um professor particular para que estudasse. Dos 13 aos 20 anos, Laura foi tutorada por Gaetano Tacconi, médico da família e professor na Universidade da Bolonha, que ensinou-lhe Filosofia e Metafísica. Tacconi reconheceu seu talento prodigioso e decidiu promovê-lo nos círculos acadêmicos da Bolonha.


Laura Bassi rapidamente chamou a atenção do Cardeal Prospero Lambertini (que mais tarde seria o Papa Benedito XIV), que tinha retornado para sua cidade natal em 1731 como Arcebispo da Bolonha. O Cardeal, que tinha ele próprio estudado ciência em sua juventude, encorajou-a em seu trabalho científico e tornou-se o seu mais influente protetor. Em 1732 Lambertini convenceu Laura a participar de debates públicos lançando-a como símbolo da regeneração cultural e científica da cidade.

A primeira professora

Aos 20 anos Laura Bassi conseguiu a posição de professora na Universidade da Bolonha, a mais antiga universidade da Europa. Este foi um passo radical que fez dela a primeira mulher a ensinar oficialmente em uma universidade europeia. Seu doutorado, o segundo a ser obtido por uma mulher, lhe foi conferido em uma luxuosa cerimônia pública, na qual ela foi presenteada com uma capa de arminho, uma joia incrustada de prata, uma coroa de louros e um anel.

Uma medalha comemorativa também foi cunhada em sua honra.  Porém, a despeito de sua veneração pública e seu compromisso com a cadeira de Filosofia, as oportunidades de ensino de Laura Bassi foram poucas nesse estágio de sua carreira. Foi considerado impróprio para uma mulher, ensinar em uma sala lotada de estudantes homens, então ela somente dava palestras ocasionais em eventos públicos aos quais mulheres eram convidadas.


Casamento Elétrico

Em 1738, Laura Bassi casou-se com o cientista Giuseppe Veratti e o casal teve 8 filhos, cinco dos quais sobreviveram até a idade adulta. Com o casamento ela pode trabalhar regularmente em sua casa o tempo que precisasse. Com  a ajuda de protetores poderosos conseguiu convencer a universidade a dar-lhe mais responsabilidades e um salário mais alto para que  pudesse comprar seus próprios equipamentos. Isso a possibilitou equipar sua casa com um laboratório, onde, junto com seu marido realizou experimentos com a eletricidade. Em 1760, seu salário de 1.200 liras era mais alto que o de qualquer outro professor da universidade.

Fama Difundida

Como resultado de sua posição única, seu nome tornou-se amplamente conhecido nos círculos acadêmicos e um biógrafo escreveu que “nenhum acadêmico passava através da Bolonha sem ficar ansioso para conversar e aprender com ela”. Laura mantinha correspondência com outros acadêmicos, incluindo o filósofo francês Voltaire, o qual, durante os anos de 1744-45 ajudou a tornar-se membro da Academia  de Ciências da Bolonha.

Por volta dessa época, o Papa Benedito XIV estabeleceu um grupo de elite de 25 acadêmicos, conhecidos como Os Benedettini. Laura Bassi tentou fortemente ser escolhida como membro do grupo, cujos componentes saudaram isso com variadas e diferentes  reações. Seus esforços tiveram sucesso e fizeram com que o Papa a admitisse. Isto não somente aumentou sua renda, mas expandiu suas oportunidades para colaboração e compartilhamento do seu trabalho: de 1746 até dois anos antes de sua morte, Laura Bassi fez apresentações anuais de seu trabalho para a Academia Beneditina.

Durante a segunda metade de sua vida, foi reconhecida nos círculos científicos por sua habilidade para ensinar Física Experimental e por seu trabalho nas áreas de mecânica, hidrometria, elasticidade e outras propriedades dos gases, contribuindo também com debates sobre a eletricidade. Em 1776, com 65 anos, Laura Bassi foi indicada para a cadeira de Física Experimental pelo Instituto de Ciências, com seu marido escalado como seu assistente de ensino oficial. Ela morreu dois anos mais tarde, em 20 de fevereiro de 1778, encerrando uma longa carreira em Física, a qual foi inovadora no mundo acadêmico.

Realizações Científicas

Laura Bassi é sempre lembrada por ser a primeira mulher a ensinar oficialmente em uma universidade europeia, mas ela também foi pioneira nas áreas que ela escolheu ensinar. Seu primeiro interesse foi a obra do matemático e físico inglês Isaac Newton, sendo a primeira acadêmica a ensinar Filosofia Natural Newtoniana na Itália. Essa visão de mundo mostra que as forças da natureza obedecem a leis naturais que podem ser quantificadas, previstas e, às vezes, controladas, em oposição à visão de que a natureza é controlada por forças sobrenaturais. Ela lecionou Física Newtoniana por 28 anos, o que fez dela figura-chave na introdução das ideias de Newton sobre Física e Filosofia Natural na Itália.

Durante toda a sua carreira, Laura Bassi conduziu pesquisas em uma variedade de campos científicos. Ela publicou 28 artigos ao todo, dos quais, uma grande maioria sobre Física e Hidráulica. Embora nenhum dos seus trabalhos científicos tenham  trazido avanços novos e significativos, sua carreira foi importante pela posição de respeito que atingiu. Como Gabriella Berti Logan escreveu na American Historical Review, “O que fez Bassi única foi o uso que ela fez das recompensas que normalmente permaneceriam simbólicas, construindo uma posição na comunidade científica de sua cidade, contribuindo para a sua vida intelectual por meio da pesquisa e ensino”.

Para saber mais sobre Laura Bassi:

Workshops de Capacitação para Pesquisadores da USP em Publicação Científica

Iniciam-se em abril os workshops 2013  de Capacitação para Pesquisadores da USP em Publicação Científica, resultado da parceria entre a Pró-Reitoria de Pesquisa e o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, com apoio da FAPESP.

Ciências da Vida, Saúde e Agrárias

1º Workshop Piracicaba - CENA - 03 a 04 de abril de 2013
2º Workshop Ribeirão Preto - FMRP - 02 a 03 de maio de 2013
3º Workshop São Paulo - FM - 09 a 10 de maio de 2013
4º Workshop São Paulo - FMVZ - 26 a 27 de junho de 2013

Ciências Humanas e Sociais

1º Workshop São Paulo - FFLCH - 11 a 12 de abril de 2013

Ciências Exatas

1º Workshop São Paulo - EESC - 06 a 07 de junho de 2013
2º Workshop São Paulo - EP - 13 a 14 de junho de 2013

Maiores informações e inscrições: http://www.workshop.sibi.usp.br/

terça-feira, 5 de março de 2013

Dia da Mulher

Em comemoração ao dia da mulher, a editora Wiley está disponibilizando artigos gratuitos sobre mulheres e  igualdade de gênero:




Boa leitura!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Divulgação Científica e os cidadãos

[extraído de Agência Fapesp]


A apropriação cidadã da cultura científica envolve o trabalho de vários agentes, como professores, pesquisadores e jornalistas, na difusão de temas de ciência e tecnologia (C&T). Apesar de as notícias do setor não serem tão populares nos meios de comunicação como as de esportes, por exemplo, os dispositivos tecnológicos e as campanhas emblemáticas ajudarão a aumentar essa popularidade.

Isso é o que afirma o professor espanhol Miguel Ángel Quintanilla, diretor do Instituto de Estudos de Ciência e Tecnologia (eCyT, na sigla em espanhol) da Universidade de Salamanca (Usal) e da Fundação Centro de Estudos de Ciência, Cultura Científica e Inovação (3CIN).

Com larga experiência na articulação de atividades interdisciplinares e interinstitucionais, trabalhando com pesquisa e difusão de temas situados na intersecção entre filosofia, ciência e tecnologia, ele falou com exclusividade para a Agência FAPESP sobre seus estudos em cultura científica, sobre a crise no sistema de C&T na Espanha e as perspectivas para pesquisas conjuntas com universidades paulistas.

Leia a entrevista na íntegra: