Massive Open Online Courses (MOOCs) tem trazido educação das melhores universidades para as pessoas ao redor do
globo. Relativo a isso, têm ocorrido discussões sobre se os MOOCs
podem ajudar a alavancar as nações em desenvolvimento.
Os que são favoráveis aos cursos dizem que eles trazem instruções de qualidade para os locais de muita pobreza, onde a universidade é pouco mais que uma fantasia. Mas os seus críticos estão preocupados com a grande quantidade de cursos vindos do ocidente – o que pode se configurar numa nova forma de imperialismo, destituindo formas mais eficazes de educação.
Os que são favoráveis aos cursos dizem que eles trazem instruções de qualidade para os locais de muita pobreza, onde a universidade é pouco mais que uma fantasia. Mas os seus críticos estão preocupados com a grande quantidade de cursos vindos do ocidente – o que pode se configurar numa nova forma de imperialismo, destituindo formas mais eficazes de educação.
Com apenas
dois anos de existência, os MOOCs têm florescido pelo mundo – disseminando-se
pelos países em desenvolvimento como India e China. Essas discussões fizeram parte do Fórum chamado “MOOCs in the Developing World” que
aconteceu na sede das Nações Unidas em Nova
York em 19 de junho de 2014.
Prós e Contras
Sobre o colonialismo dos Estados Unidos sugerido pelos contrários aos MOOCs, Anant Agarwal, Ceo da Edx (plataforma desenvolvida pela Harvard e pelo MIT) disse, atônito, que o
que ocorre é exatamente o contrário, pois os MOOCs podem alavancar os direitos humanos em alguns países.
Entre os céticos
sobre os efeitos dos MOOCs no mundo
em desenvolvimento, está o professor Philip
Altbach diretor do Center for International Higher Education at Boston College e
mundialmente reconhecido como analista de educação superior.
Ele chamou os MOOCs de "neo-colonialism of the willing", uma vez que os EUA têm desenvolvido a maioria dos currículos online disponíveis para estudantes dos países pobres. Sua preocupação é que esses cursos possam exacerbar as diferenças de classes, onde a elite assiste aulas no campus, enquanto os demais recorrem aos cursos online.
Ele chamou os MOOCs de "neo-colonialism of the willing", uma vez que os EUA têm desenvolvido a maioria dos currículos online disponíveis para estudantes dos países pobres. Sua preocupação é que esses cursos possam exacerbar as diferenças de classes, onde a elite assiste aulas no campus, enquanto os demais recorrem aos cursos online.
Segundo Barbara Kahn, professora de marketing na University of Pennsylvania’s Wharton School of Business, que tem cursos na plataforma Coursera, os MOOCs complementam a educação existente ao redor do mundo. Eles não substituem outros tipos de educação. Eles claramente preenchem algumas necessidades, adicionando valores e não os substituindo.
Entre os críticos, Stanley katz, professor de Public and International Affairs em Princeton, acredita que os MOOCs incorporaram a mais nova tecnologia – a internet – e a mais velha – a palestra. E isso não significa que estejam usando o melhor de ambos. Ele deixou de usar palestras como técnica de ensino no final dos anos 60. Os MOOCs estão sendo adotados, porém não adaptados, completa Altbach.
Agarwal no entanto não está preocupado
com essas críticas. Ele ressalta que existe uma taxa de 10% de completude nos
cursos com mais de 100.000 alunos, o que significa que 10.000 terminam um
curso. Isso não é uma surpresa segundo ele, pois existem poucas respostas por
parte dos educadores em relação a levar os conhecimentos às pessoas carentes de
educação ao redor do mundo.
Os MOOCs tem apenas dois anos ele diz. Nós
temos feito educação tradicional há 500 anos e ainda não resolvemos esse
problema.
“We’ll solve all of these issues eventually.”
Tradução livre nossa (resumida) do artigo: MOOCs in the developing world – Pros and cons, de Matt Krupnick, publicado no University World News.
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